ATA DA VIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO SOLENE DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 02-9-2003.

 


Aos dois dias do mês de setembro de dois mil e três, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear o transcurso dos duzentos e trinta anos da Câmara Municipal de Porto Alegre, nos termos do Requerimento nº 057/03 (Processo nº 1180/03), de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a MESA: o Vereador João Antonio Dib, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Senhor João Verle, Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Senhor José Carlos Bonna Garcia, Presidente do Tribunal de Justiça Militar; o Senhor Almir Porto da Rocha Filho, Juiz Diretor do Foro Central; o Senhor Luiz Alberto D’Azevedo Aurvalle, Procurador-Chefe da Procuradoria Regional da República da 4ª Região; o Senhor Eusébio Fernando Ruschel, Procurador-Geral Adjunto, representante da Procuradoria-Geral do Estado; o Capitão-de-Fragata Heitor Bayma Bruce, Delegado da Capitania dos Portos de Porto Alegre, representando o Comandante do 5° Distrito Naval; o Tenente-Coronel Dentista Gilberto Zwetsch, representando o Comando Militar do Sul; o Major Intendente Ronaldo Loiola Machado, representante do V Comando Aéreo Regional – COMAR; o Senhor Geraldo Stédile, Presidente do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre; o Vereador Ervino Besson, 2º Secretário deste Legislativo. Ainda, o Senhor Presidente registrou as presenças do Monsenhor Tarcísio Scherer, representante do Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, e da Senhora Paullete Zelonski Otto, representante do Deputado Federal João Augusto Nardes. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda Municipal de Porto Alegre, sob a regência do Contramestre Sepé Tiarajú e direção da Senhora Maria da Conceição Marques Pereira e, após, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Cláudio Sebenelo, em nome da Bancada do PSDB, declarou que a instituição Câmara Municipal é composta por representantes do conjunto de idéias que forma a população porto-alegrense, ressaltando a importância da diversidade dessas opiniões. Ainda, saudou os servidores deste Legislativo, classificando-os como um dos melhores grupos funcionais do País e leu o poema “Porto Alegre, Vento, Rio”, de sua autoria, em que declara seu amor pela Cidade. A Vereadora Margarete Moraes, em nome da Bancada do PT, explanou acerca do significado da Câmara Municipal de Porto Alegre para a história da Cidade, como agente construtor de um espaço de debate, de democracia e de liberdade. Nesse sentido, destacou a criação, pela Casa, de instrumentos como a Ouvidoria, a TV Câmara e o Memorial, os quais facilitam o acesso da população e aproximam o Legislativo dos reais anseios da comunidade. O Vereador Reginaldo Pujol, em nome da Bancada do PFL, teceu considerações sobre sua vivência como Vereador de Porto Alegre, lembrando nomes que compartilharam esse período e serviram de exemplo de determinação e espírito público. Ainda, declarou sempre ter contado com a colaboração dos funcionários da Casa, afirmando serem eles modelos de trabalhadores competentes e responsáveis, o que os torna o maior patrimônio da nossa Cidade. O Vereador Raul Carrion, em nome da Bancada do PC do B, referiu-se à presença da Câmara Municipal de Porto Alegre na construção da história rio-grandense e brasileira, citando nomes que integraram este Legislativo e que atestam a pluralidade dos ideais aqui debatidos. Também, prestou homenagem ao corpo funcional da Casa, declarando que sem esses trabalhadores a atuação dos Parlamentares não teria o alcance e a qualidade que hoje possui. O Vereador Haroldo de Souza, em nome da Bancada do PMDB, externou seu orgulho em integrar a Câmara Municipal de Porto Alegre, relatando seu carinho por todos que compõem a Casa e colaboram para que este Legislativo seja vigilante em torno dos problemas sociais enfrentados pela comunidade. Nesse sentido, defendeu a realização de um trabalho conjunto que ultrapasse os limites da política partidária, objetivando o bem-estar permanente da população. O Vereador Elói Guimarães, em nome da Bancada do PTB, salientando ser este um momento significativo, em que a Casa pode agradecer aos seus funcionários e à população pelo apoio recebido na realização de suas atividades, registrou ser uma Câmara Municipal a expressão da vontade coletiva da Cidade, composta por diferentes ideologias e linhas políticas, porém marcada pela busca do melhor para a comunidade que democraticamente elegeu seus representantes. O Vereador Carlos Alberto Garcia, em nome da Bancada do PSB, parabenizou os funcionários deste Legislativo, pela forma ágil e prestativa com que sempre realizaram suas funções. Também, destacou a interação existente entre a Câmara e a sociedade, destacando a importância de participação de todos os porto-alegrenses, a fim de garantir a pluralidade e o contraditório hoje existentes, por serem elementos indispensáveis à grandeza de uma Casa Legislativa. O Vereador Ervino Besson, em nome da Bancada do PDT, afirmou que este Parlamento tem uma história de autonomia em relação aos demais Poderes, procurando sempre preservar, acima de tudo, os interesses maiores da população porto-alegrense. Ainda, lembrou a qualidade da atuação de Vereadores e funcionários que integram este Legislativo, ressaltando a importância do trabalho realizado por todos para o efetivo crescimento da nossa Cidade. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Prefeito João Verle, que saudou a Câmara Municipal de Porto Alegre pela passagem de seus duzentos e trinta anos, defendendo a manutenção da relação harmoniosa hoje observada entre os Poderes Legislativo e Executivo da Cidade. Finalizando, convidou a todos para visitarem o Paço dos Açorianos, sede do Governo Municipal, que passou por um processo de completa restauração, registrando que áreas desse prédio serão transformados em espaços culturais de Porto Alegre. Após, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem o Hino Rio-Grandense, executado pela Banda Municipal de Porto Alegre, sob a regência do Contramestre Sepé Tiarajú e direção da Senhora Maria da Conceição Marques Pereira e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e cinqüenta e nove minutos, convidando a todos para a Sessão Solene a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador João Antonio Dib e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pela Senhora 1ª Secretária e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a homenagear os 230 Anos da Câmara Municipal de Porto Alegre. Compõem a Mesa o Dr. João Verle, Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Sr. José Carlos Bonna Garcia, Presidente do Tribunal da Justiça Militar; o Dr. Almir Porto da Rocha Filho, Juiz Diretor do Foro Central; o Dr. Luiz Alberto D’Azevedo Aurvalle, Procurador-Chefe da Procuradoria Regional da República da 4ª Região; o Dr. Eusébio Fernando Ruschel, Procurador-Geral Adjunto, representante da Procuradoria-Geral do Estado; o Capitão-de-Fragata Heitor Bayma Bruce, Delegado da Capitania dos Portos de Porto Alegre, representante do Comandante do 5º Distrito Naval; o Tenente-Coronel Dentista Gilberto Zwetsch, representante do Comando Militar do Sul; o Major Intendente Ronaldo Loiola Machado, representante do V COMAR; o Sr. Geraldo Stédile, Presidente do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre. Estão presentes, também, o Monsenhor Tarcísio Scherer, representando o Arcebispo Metropolitano Dom Dadeus Grings; a Sra. Paullete Zelonski Otto, representando o Deputado João Augusto Nardes.

Nessa madrugada eu dava uma entrevista ao jornalista Jayme Copstein sobre os 230 anos da Câmara Municipal e ele, como rio-grandino convicto, reclamava que a Câmara não fazia 230 anos e sim 252. Na verdade, se considerarmos que a Câmara foi itinerante, acompanhava a Capital, seriam 252 anos, pois foi instalada em Rio Grande no dia 17 de julho de 1751; depois veio para Viamão, que se tornou Capital do Estado, e o Governador José Marcelino resolveu transferir a Câmara para Porto Alegre. Porto Alegre que se tornava Capital no dia 24 de julho de 1773 e, no dia 6 de setembro de 1773, a Câmara Municipal realizou aqui a primeira Sessão; portanto, a Câmara Municipal de Porto Alegre tem realmente 230 anos, mas ela é tão ou mais antiga do que a Queda da Bastilha ou do que a promulgação da Constituição Americana.

Em 1884 a Câmara Municipal, que dirigia a Cidade, aboliu a escravatura em Porto Alegre. Dos 230 anos da Câmara, em 118 ela dirigiu a Cidade, não somente legislando, mas administrando. Começou com 5 Vereadores escolhidos pelas elites e não pelo povo; hoje, os Vereadores representam a síntese democrática de todos os cidadãos, porque todos os votos computados elegeram 33 Vereadores. Nós somos, pois, a representação total da comunidade porto-alegrense e para ela nós temos de trabalhar.

Quando a Câmara completou 100 anos, em setembro de 1873, não houve nenhuma festividade maior pelas dificuldades que a Câmara enfrentava, e até porque, logo em seguida, houve uma grande enchente em Porto Alegre; uma enchente que já ocorrera em 1795, voltou a ocorrer em 1893, repetiu-se em 1912 e em 1936 e, em 1941, houve a grande enchente. Em 1967, o rio também transbordou, e ainda não havia o muro da Mauá, que, hoje, alguns querem que seja demolido. Mas, em 1983, eu era Prefeito e tive de colocar em funcionamento o deck para fechar os portões e em prontidão todas as casas de bomba, que, felizmente, não foram necessárias. Assim é que o muro ali está; todos nós pedimos a Deus que ele nunca seja necessário, mas, se for, ele está ali, as casas de bomba vão funcionar.

Portanto, hoje nós temos a satisfação de, juntamente com todos, comemorar a Semana da Câmara de Porto Alegre, que vai-se encerrar, efetivamente, no dia 7 de setembro com o Concerto Comunitário Zaffari, a ser realizado no Bourbon da Assis Brasil, em homenagem aos seus 230 anos e também aos integrantes do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.

 

(Apresentação da Banda Municipal de Porto Alegre, que executa o Hino Nacional, sob a regência do Contramestre Sepé Tiaraju, e direção da Sra. Maria da Conceição Marques Pereira.)

 

De imediato, passamos a palavra ao Ver. Ervino Besson. O Ver. Ervino Besson solicita permuta de tempo com o Ver. Cláudio Sebenelo.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Ilustres Vereadores aqui presentes, funcionários da Casa, ilustres visitantes e a Banda Municipal, o nosso orgulho, que de uma forma belíssima interpretou o Hino Nacional Brasileiro, uma das coisas lindas deste País. A Câmara Municipal comemora 230 anos. Ela não é só este prédio, mas ela é esse extraordinário grupo de funcionários que trabalha aqui. Eu sempre digo que já trabalhei em muitas instituições e raramente se encontra a quantidade e a qualidade de funcionários como os da Câmara Municipal de Porto Alegre. Vocês são o nosso orgulho, o orgulho da nossa Cidade. A Câmara Municipal é a democracia. Ela existe há 230 anos. Por um longo período de 20 anos de autoritarismo no País ela desapareceu; mas voltou, e mais forte do que nunca. Voltou porque a democracia é também a Câmara aberta. É claro que é a liberdade de imprensa, mas principalmente a liberdade de pensamento. E aqui o pensamento voa, aqui nós temos a liberdade de pensamento, porque aqui nós temos o debate, o ponto e o contraponto, o canto e o contracanto e cada um de nós representa uma parcela da população. E essa representação se faz por vários motivos: porque existe uma cidade deslumbrante chamada Porto Alegre, um povo maravilhoso e, principalmente, uma relação desta Câmara com esse povo, com esta Cidade.

Eu pediria licença para vocês para ler sobre a minha relação de menino até hoje, de um Vereador, com a sua cidade. Tenho a ousadia de ler agora para vocês e que se chama Porto Alegre, Vento, Rio. (Lê.)

“A paisagem, éramos eu,/ o Rio e, à sua beira, o casario./ Do sul bufoneavam/ em vento cinza – cinzento,/vento chuva frio ... e um passarinhedo!/ Cedo, alma de outro mundo,/a cidade em vidraças/ carpia o arremedo do silêncio/ solidário à calma triste de seu canto./E o vento parecia coisa de gente.

Fim da manhã, desperto, em riste,/ o crespo das águas batia portas./Eros em festa, levantava saias;/ arfava mortas esquinas/ e até vaias as frestas uivavam/ aos dias gris. Puro instinto./ Capeta, repentista, metafísico,/ sibilava de um tempo de mar,/ recados de açorianos ancestrais/dançando segredos seculares.

Mas ao ouvido e pele, carícia./ Tanto e sempre mais,/cada vez mais absorto,/ seu contato pescava comigo,/ à beira do cais do porto,/ mandinho cará lambari./ O assédio da aragem,/ garoa fina de dar medo,/ ou azul varrido de nuvens,/ estufava a roupa nos varais/ e o ócio da gênese universal.

Seu ciúme da mulher – cidade,/ da intensa promiscuidade com o rio enchente,/ era quimera distante do equinócio/ mas muito próximo ao primeiro jogral/ entardecente de primavera.” - Como hoje.

“E o adeus à jornada,/ balada dos salsos,/ para quem olhasse as ilhas/ um rei se aninhava,/ do falso purpuráceo/ ao sangüíneo esvainte/ para, só no dia seguinte,/ recarregar suas pilhas,/ e temperar, mezzo-soprano/ o surrealista congelar/ de veias, ossos e sonhos.

E então, crocce e delícia,/ uma doce espreguiçada me aprazia/ a consciência das entranhas,/ estranha evocação,/ do antigo povoado/ quarenta casais,/ hoje cidade grande,/ e a obsessão pelas águas barrentas.

Só agora,/ lufada de ar puro,/ apita uma saudade,/ de trem indo embora./ Dói tão doida, /aqui dentro,/ tão insubmissa,/ viva e desconcertante,/ quanto o concubino trio:/ Porto Alegre, Vento, Rio./ É a volta do velho menino/ sentado à margem da vida,/ entre aguapés e biguás,/ recalcitrante ouvinte,/ deste sopro desvario/ dependência química/ que até aqui me traz."

Esta é a minha Cidade, esta é a minha Câmara. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Margarete Moraes está com a palavra para falar em nome de sua Bancada, o PT.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, eu gostaria, neste momento, de registrar a passagem e de conseguir aprender alguns aspectos sobre o significado e a importância, para a história política e cultural da cidade de Porto Alegre, dos 230 anos da Câmara Municipal de Porto Alegre. Ao longo de todo esse tempo, desde quando eram 5 Vereadores os governantes, em uma condição bem mais fechada, até uma situação difícil de fechamento em 1937, por conta do Estado Novo, e hoje, este espaço perfeitamente consolidado, reconhecido como espaço da democracia, da liberdade, da convergência, da divergência de opiniões, um espaço rico e saudável, do debate das idéias, simbolizada na sua composição de 12 Partidos.

Independendo das questões programáticas, das visões de mundo, dos métodos programáticos a Câmara de Vereadores, por intermédio de seus Vereadores e suas Vereadoras busca sempre, Ver. Wilton Araújo, ser uma ponte entre os cidadãos, as cidadãs e a institucionalidade, entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo. E procura sempre traduzir uma síntese - como muito bem disse o nosso Presidente João Antonio Dib - da vida sensível, dinâmica que pulsa na cidade de Porto Alegre, nesse processo inconstante de mutação.

Parece óbvio dizer que a Câmara elabora leis, mas os Vereadores querem contribuir com a vida da Cidade e apresentam as suas idéias. Neste momento, eu queria me referir a três Projetos dos Vereadores, dos quais me lembro, que foram aprovados e realizados na nossa Cidade. Eu quero me referir a um Projeto de autoria do Ver. Pedro Américo Leal, que instituía um Posto dos Bombeiros no Centro da Cidade, do qual eu tive a honra de participar da inauguração junto com o Prefeito Tarso Genro. Também queria fazer uma referência ao Ver. Raul Carrion, um Projeto de outro âmbito, quando ele institui que para as famílias cuja mulher seja o sustentáculo, que elas tenham 30% das vagas - numa cota especial - em projetos e programas de habitação popular no Município de Porto Alegre. E, agora, nesse tempo que eu sou Vereadora, desde março, uma idéia do Ver. Sebastião Melo que institui uma senha para que os Vereadores tenham acesso a todas as questões ligadas ao financiamento, ao Orçamento, ao acompanhamento das obras; livre acesso, hoje, a qualquer pessoa da nossa Cidade - portanto, uma idéia muito importante. Parece óbvio o que eu vou dizer: que a Câmara realiza uma função de fiscalização do Executivo. Mas essa função é a essência da Câmara de Vereadores, é uma função vital do Estado Democrático e de Direito, e essa função sempre é muito bem-vinda. No dia-a-dia da Câmara, talvez as pessoas não percebam, mas existe um funcionamento interno muito rico, muito intenso e denso de um trabalho que está sempre voltado e que também é sensível às mudanças tecnológicas, aos novos recursos da nossa contemporaneidade. A Câmara funciona em rede, existem as comissões - as Comissões Permanentes, as Comissões Extras - e vários instrumentos para que a Câmara possa funcionar. Gostaria de me referir à Ouvidoria da Câmara, ao Conselho dos Cidadãos, representados aqui pelo Dr. Stédile. Há um espaço de artes, há um espaço de cultura, que a Câmara de Vereadores tem hoje, e que beneficia o artista que tem um espaço adequado e ideal para mostrar o seu trabalho, porque não existe arte se não houver a interação com o público, e do ponto de vista das pessoas a possibilidade de democratização, de facilitação do acesso, qualquer pessoa pode entrar e usufruir dessa obra de arte, criticar, gostar ou não gostar, mas é um espaço de interação.

Também, é importante uma referência ao trabalho da TVCâmara, que faz com que tudo o que os Vereadores pensam, digam, defendam ou contrariem chegue na casa das pessoas por meio do Canal 16; portanto, facilita o contato, aproxima as pessoas da Câmara de Vereadores. É evidente que esse trabalho não seria possível, se não houvesse um núcleo ou uma gama de funcionários da mais alta qualidade que atua no espaço.

Eu acho fundamental um trabalho pedagógico, que me surpreendeu muito, aqui na Câmara de Vereadores, que prepara as novas gerações e sensibiliza as crianças e os adolescentes para o exercício da cidadania.

Aqui, eu quero citar o Memorial da Câmara de Vereadores que tenta resgatar a história, a memória, a geografia, também, da nossa Cidade, do nosso Estado, do nosso País, e referenciar ao Prof. Jorge Barcellos e a todos os que trabalham no Memorial, falando sobre aquela exposição tão ampla que nos deu uma idéia, uma noção da obra do Presidente Juscelino Kubitschek no Brasil e que, hoje, abriga a exposição do maior fotógrafo desta Cidade, que foi o Sioma Breitman, e, a partir da sua obra, da sua fotografia, Presidente João Dib, e também, da sua dimensão humana. O Sioma Breitman dá o nome à Fototeca Municipal, que fica no Museu Joaquim Felizardo, acredito que uma justa homenagem.

Existe toda uma estratégia na busca dos alunos das escolas estaduais, municipais, particulares, por meio de visitas dirigidas, da organização à pesquisa, das exposições itinerantes que saem da Câmara e vão para a Cidade, e que simula aos estudantes uma sessão plenária, quando eles exercitam essa possibilidade de bem argumentar, de defender as suas idéias. Portanto, neste momento, eu quero dar os parabéns à cidade de Porto Alegre, parabéns a todas as pessoas da Mesa, parabéns a todas as pessoas que acompanham esta Sessão, um grande abraço à Banda Municipal, com muito carinho, e simbolizada na figura do Ver. João Dib, Presidente, e do nosso Prefeito, João Verle eu quero homenagear a Câmara de Porto Alegre, pelo respeito, pela postura, pela harmonia entre os Poderes, pelo espírito público, pelo amor que eles demonstram no dia-a-dia, para que a nossa Cidade de Porto Alegre cada vez seja mais participativa, mais democrática e muito mais alegre. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra e falará em nome do PFL.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) A presença aqui de algumas figuras muito significativas na história da Cidade, levam-me a algumas considerações eminentemente saudosistas.

Vejo, aqui, o ex-Secretário de Cultura do Município e do Estado, meu amigo Pilla Vares, com quem nos ombreamos, porque temos posições diferenciadas, desde os tempos de política universitária. Vejo o meu colega de Secretariado, na Administração do Prefeito João Dib, Valter Lemos. Vejo, enfim, pessoas que representam vários momentos da vida de Porto Alegre e pergunto como me sinto hoje saudando a Câmara Municipal, o seu quadro de funcionários e os nossos colegas nesta comemoração festiva? Indago qual é o momento e qual a circunstância que eu me vinculei à Câmara Municipal nos anos em que aqui resido, nesta hospitaleira cidade de Porto Alegre? Não sei se lembraria, inicialmente, de Osório da Rosa, o primeiro Vereador com quem, ainda guri, me confrontei lá na Avenida Assis Brasil, ou se me lembraria de pessoas como Adel Carvalho, Fernando Assis Schneider, Saí Marques, Alberto André e tantos outros nomes que estão vinculados definitivamente à história política da Cidade. Nomes como Alceu Collares que, iniciando no Legislativo porto-alegrense, foi guindado, em sucessivos momentos, não só à Câmara dos Deputados, como à Prefeitura da Cidade e ao Governo do Estado.

Eu acho, Ver. João Antonio Dib, e V. Exa. mais do que ninguém haverá de me compreender nesta hora, que o que mais me mexe, no momento, é o sentimento da saudade. Lembro de Aloísio Filho, uma referência. Lembro que, em 1972, um militante das lides jurídicas de Porto Alegre, apoiado por alguns amigos empolgados, ousou concorrer às eleições municipais naquele momento do bipartidarismo, do maniqueísmo, da camisa-de-força da dualidade das duas únicas posições, do seu MDB e da nossa ARENA. Lembro que, naquela ocasião, concorri àquele pleito e fui eleito, quase que com surpresa, eu que jamais havia participado do processo eleitoral da Cidade, ainda que tivesse, durante a minha juventude, a minha participação política, os meus sonhos de um País que pudesse ser iluminado num dia, e ter tido a sensibilidade de fazer homens como Carlos Lacerda, Presidente da República, e evitado todo um processo político que dali se realizou.

Eleito, naquela ocasião, eu fui, num determinado momento, colocado diante de uma certa perplexidade: lá estava eu, Ver. Haroldo de Souza, assumindo um mandato de Vereador, e encontrando homens como: Aloísio Filho, Pessoa de Brum, José Mesquita, Abio Herve, como Martin Aranha Filho, como Wilson Arruda, que eram ícones desta Cidade. Vereadores de vários mandatos, eles, Cleom Guatimozim, e lá estava eu, com pouco mais de 30 anos, com 33, para ser mais exato - sinto saudades, é idade da revelação -, coexistindo com aquela realidade. Estava eu ingressando na Câmara Municipal de Porto Alegre, quando iria encontrar, Verª Margarete Moraes, o que era um fenômeno, na ocasião, uma Vereadora, Dercy Furtado, que havia sido eleita com uma espetacular votação e que, depois de vários anos, Losada, ali chegava, reinaugurando a presença da mulher na Câmara Municipal. Presença essa que hoje é destacada em nossa Casa e que o exemplo mais eloqüente é o da vibrante Verª Margarete Moraes, que há pouco, tivemos a oportunidade de ouvi-la.

 Então, senhores, essas são as minhas reminiscências. A lembrança daquele momento um pouco complicado da vida nacional, em que era preciso que o Grêmio e o Internacional tivessem os seus representantes na Câmara Municipal. Os partidos iam buscar no Sadi Schwerdt, no João Severiano, os seus representantes. Não era muito fácil fazer política naquela época, para não dizer que era muito difícil, mas eu fui privilegiado, a magnanimidade do eleitorado de Porto Alegre, de 6181 eleitores transformaram-me num homem que passou a penetrar na vida da Câmara Municipal e nela se integrar, desde aquela época em dois períodos sucessivos: o primeiro, de 10 anos e, agora, outros tantos, que me fazem ter vivenciado todo esse período nesta Casa.

Nesta Casa, Vereador, eu encontrei, meu caro Bonna Garcia, homens vibrantes, como aquele jornalista destemido, duro na luta, mas muito leal nos acertos políticos, que era Glênio Peres. Eu encontrei irreverentes como Rubem Thomé, e encontrei, porque não, reencontrei amigos das lides forenses, como o seu pai, Wilton de Araújo, com quem me ombreei várias vezes neste Legislativo; encontrei V. Exa., Ver. João Antonio Dib, que havia chegado à Câmara Municipal, sem o voto do Sr. Ivo e da Dona Rute, que haviam votado com o seu filho, naturalmente. Encontrei mais, encontrei jovens como o Brochado da Rocha, como o Hilário Land, como o Rafael dos Santos, o Mano José, que era jovem na ocasião, que agora vai ser Cidadão Honorário de Porto Alegre, e até a figura mais irreverente da crônica esportiva do Estado, o meu querido amigo Francisco Paulo Sant’Ana. Mas encontrei mais do que isso, Ver. Carlos Alberto Garcia, encontrei um ambiente propício para o trabalho público, encontrei um clima favorável para que a gente se dedicasse à causa pública, colocando sempre o interesse da sociedade, da comunidade acima das divergências dos Partidos, que naquela ocasião era um divisor de águas, porque só existiam dois, o MDB e a ARENA. Mas mesmo nos momentos mais ardorosos, em que os conflitos mais se agudizavam, nunca faltava alguém que fosse sereno no momento, tão sereno capaz de chamar a todos à convivência mais fraterna, mais conseqüente e mais voltada para o interesse público. E nesta Câmara Municipal eu vivi esses meus últimos 30 anos comungando de esforços com grandes homens e grandes mulheres que deram demonstrações inequívocas de espírito público e em posições diversas que ocuparam, sendo que aqui desta Casa, naquela época instalada nos altos do edifício novo da Prefeitura, saiu até um Presidente da República, na figura do Ibsen Pinheiro, meu colega, com o Ver. Elói Guimarães, no segundo momento em que eu fui conduzido para a Câmara Municipal. Em tudo isso, Ver. João Antonio Dib, um fato sempre foi uma constante, desde aquele momento em que a Casa tinha pouquíssimos funcionários, em que não existia Assessoria de Bancada, em que nós nos comprimíamos no 13º e no 14º andares do edifício novo da Prefeitura. Desde aquela época até os dias de hoje, quando nós qualificamos muito mais os nossos quadros, um fato tem sido a constante: o de nunca terem faltado, Sônia, grandes colaboradores e pessoas que sempre colocam a sua responsabilidade como servidores públicos acima de qualquer situação. Aqui na Casa - eu vou repetir uma colocação -, há um desmentido formal a quantos dizem que o servidor público é um exemplo de pessoa que não quer trabalhar e não quer produzir. Aqui eu já vi pessoas trabalharem até de madrugada. Aquelas pessoas que nos ajudaram no Plano Diretor, há alguns anos, viravam dias e noites, para que os trabalhos não fossem interrompidos. Nesse conjunto de homens e mulheres, idealistas e responsáveis, e no conjunto de competentes profissionais há um grande patrimônio do Legislativo da Cidade, patrimônio que nós, integrantes desta Legislatura, não podemos comprometer – e certamente não haveremos de fazê-lo -, fiéis a essa belíssima tradição. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Raul Carrion está com a palavra e falará em nome do PCdoB.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver. João Antonio Dib, Presidente desta Casa, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, autoridades já devidamente nominadas, cidadãos e cidadãs, em 6 de setembro de 1773, realizava-se a primeira Sessão da Câmara Municipal de Porto Alegre, capital da Província que ainda não era vila. De lá para cá, passaram-se 230 anos. A colônia deu lugar ao Império, que foi sucedido pela República. Inúmeras revoluções aconteceram, muitas gerações se sucederam. Nessa longa trajetória, a nossa Câmara, que antecedeu em mais de 60 anos a Assembléia Legislativa provincial, adquiriu a marca indelével de um parlamento de homens livres, sempre presentes nos grandes acontecimentos do País, do Estado e da comunidade porto-alegrense; esta Câmara, que foi representada já em 1821, naquele ato que ficou conhecido como “Dia do Fico”; que em 1922, antecipando-se à própria Independência, enviou, sob escolta, para o Rio de Janeiro, o Brigadeiro João Carlos Saldanha e Daun, suspeito de conspiração contra Lecor, o Governador português de Montevidéu; que, em 1835, acolheu os rebeldes farroupilhas; que, em 20 de setembro, iniciaram a sua saga por Porto Alegre; que participou ativamente dos grandes debates e mobilizações pela abolição da escravidão; que em 1884, quatro anos antes da abolição, aprovou a Lei do fechamento das portas do comércio aos domingos, lei que mais tarde seria conhecida como lei áurea do Comércio, infelizmente hoje derrubada por decisões, no meu entender, equivocadas; que participou com destaque da luta pela República. Câmara se que disse presente na Revolução de 1930; que se incorporou ativamente na grande campanha cívica nacional “O Petróleo é nosso”, campanha que unificou desde os militares nacionalistas até os comunistas; Câmara que se manteve em sessão permanente durante os dias da luta pela Legalidade em 1961, dirigida por Leonel Brizola em defesa da Constituição deste País; Câmara da luta pela anistia, pelas Diretas Já, por uma Constituinte-cidadã, pela redemocratização do País; Câmara que madrugou na elaboração de um dos primeiros Planos Diretores deste País; que aprovou uma das Leis Orgânicas mais avançadas do Brasil; Parlamento da capital da cidadania e da participação popular; Parlamento da sede de três fóruns sociais mundiais.

Mas relembrar essa história da nossa Câmara de Vereadores é também relembrar algumas lideranças que marcaram esta Casa, e quero lembrar algumas. Nosso primeiro Vereador eleito pelo Partido Comunista do Brasil, o metalúrgico e negro Elói Martins, que se elegeu junto com o Dr. Marino, o Vereador mais votado em 1947 para esta Casa, que tinha como suplente a nossa primeira Vereadora mulher no Rio Grande do Sul, Julieta Battistioli. É relembrar lutadores como Marcos Klassmann e Glênio Peres, cassados, mas que esta Câmara, com grande hombridade, sob a direção do então Vereador Cleom Guatimozim, Presidente da Casa, lhes deu posse em 29 de agosto de 1977. Esta Câmara teve outras tantas figuras de destaque como o nosso querido e já falecido Valneri Antunes, líder popular de grande arraste; teve a nossa guerreira, hoje Deputada Estadual Jussara Cony, e tantas outras lideranças, Vereadores e Vereadoras que mostram o terreno fértil do Parlamento da Capital dos gaúchos. Quero, também, encerrando esse pronunciamento, que é de rememorar, de homenagear uma Casa plural, que tem uma história invejável, neste País, de verticalidade, de respeito, de capacidade de convivência com a diferença, fazer um destaque especial ao corpo de funcionários desta Casa, altamente qualificado, profissional, sem o qual, certamente, o nosso trabalho de Vereadores não teria o alcance e a qualidade que considero existir. Que os 230 anos da Câmara Municipal de Porto Alegre sejam o marco de uma continuidade, ainda por séculos, assim esperemos, de um Parlamento livre, de um Parlamento vertical, de um Parlamento capaz de conviver com a diferença. Muito obrigado, em nome da Bancada do Partido Comunista do Brasil. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra. Falará em nome do PMDB.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Pilla Vares! Grande Pilla Vares! Precisamos de novo encostar as barrigas nos balcões da vida, dos botequins da vida, conversar! Quanta saudade daqueles tempos, daquelas noites em busca de acertar a vida da gente e a vida dos outros. Filosofias e mais filosofias...! Como é bom reencontrá-lo, Pilla Vares! Saudade!

Mas, gente, eu tenho muito orgulho de ser Vereador, de estar aqui neste momento, de falar de coração que eu adoro ser Vereador e saber que o nome do filho do seu Benedito vai ficar na história como um para "paranaúcho" que passou por aqui pulsando suas veias, tentando fazer alguma coisa pela cidade de Porto Alegre.

Mas o que eu posso falar da nossa Câmara Municipal diante desses verdadeiros monumentos da vereança? Meu querido amigo João Dib! Onde está o Pujol? Grande Pujol! Nedel? Neguinho Luiz Braz? Isaac Ainhorn? Ervino Besson? Margarete Moraes? Pedro Américo Leal? Elói Guimarães? Todos. Professor Garcia? Os guerreiros Bosco e Cassiá? Esse gigante ali chamado Ervino Besson! O lutador Tião Goiano, que outro não é senão o meu querido Sebastião Melo, do PMDB! Como o Haroldo falar desta Casa diante de tantos Vereadores brilhantes, calejados do dia a dia desta Casa Legislativa, que orgulha o Parlamento gaúcho e que serve de exemplos, sim, para outras Câmaras, Assembléias, Casas Legislativas que labutam no dia a dia em busca do atendimento e do bem-estar da sociedade.

É pouco o tempo que estou aqui, mas eu me sinto como se há muitos anos aqui já estivesse e, às vezes, por isso, ultrapasso os meus limites de anseios, de sonhos, de vontade de acertar, da busca por acertar, modificando até.

Mas, em nome do PMDB, do Ver. Sebastião Melo, quero dizer do meu carinho por todos que fazem esta Casa, pelos que se foram, que aqui passaram - o Carrion referiu o nome de todos eles, nomes fantásticos, brilhantes -, e por aqueles que estão aqui agora, pelos que virão, exemplos de trabalho e de entrega por uma causa; por aqueles que aqui estão e que todos os dias, do seu jeito, dão a sua colaboração para que a Câmara Municipal de Porto Alegre seja vigilante em torno dos problemas e das realizações sociais da nossa querida cidade de Porto Alegre.

E, neste momento, de festa, ao comemorarmos mais um aniversário do Legislativo Municipal, aproveito para pedir a todos que aqui estão, do Prefeito ao rapaz ali do café, que façamos política social e não partidária. Primeiro, a política social e depois a partidária.

Nesta Casa ressoam os problemas de uma Cidade pujante, como a nossa Porto Alegre, independentemente - eu vinha dizendo independente, mas o Dr. Joni me chamou a atenção - de Partidos, procuramos acertar em nome daqueles que nos elegeram, daqueles que escolhem os representantes para esta Casa. E é gostoso estar, aqui, sim! Algumas frustrações, claro, muitas até! Mas também muitas realizações, deixando-nos de consciência tranqüila no sentido do dever cumprido, dentro das possibilidades de cada um e do jeito de fazer política de cada um.

Gostaria de ressaltar o trabalho de todos, desta equipe de Taquigrafia, que persegue os oradores que aqui vêm em busca de, na representatividade de um povo, dizer qual é a sua expectativa, qual é a sua posição - as posições de cada um! As Secretárias. Ah, as Secretárias suportando, às vezes, o mau humor; Diretores, gente do banco, da financeira, as meninas do café e os rapazes do chá do canto; os motoristas, os porteiros, estagiários, os fotógrafos, um mais eficiente do que o outro; o time da nossa Câmara, o Canal 16 zunindo idéias e fazendo bonita a comunicação - eficiente. Os seguranças, essas figuras fantásticas, sempre prontas para não permitir que o exagero ultrapasse a ética e a conduta de cada um de nós! E como nós damos trabalho para eles! Gente do Cerimonial, que bonita a entrega! No aniversário da Câmara Municipal de Porto Alegre, o meu orgulho em poder falar como Vereador de todos vocês, como amigo de todos vocês, de cidadão que está num barco, com todos vocês, que admira a conduta e a entrega de cada um de vocês pelo bom funcionamento desta Casa! E, discursando, se trabalha. Não é isso? Então, aproveito e deixo um pedido para que todos nós, os 33 Vereadores, repito, independentemente de Partido, nos unamos e façamos desta Casa uma Casa Legislativa ainda mais ágil, para que possamos, orgulhosamente, com mais razão ainda, desfrutar destes momentos, ou seja, estarmos juntos mais uma vez para a festa da nossa Casa. Que os projetos enviados daqui para lá, Sr. Prefeito João Verle, sejam sancionados ou vetados até, mas dentro única e exclusivamente da conduta pelo social e não pelos interesses partidários. E, por favor, por favor, não estou dizendo que só o seu Partido faz isso, mas todos quantos chegam ao poder. Eu disse todos. Agradeço a Deus por estar aqui neste momento, tenho orgulho de ser Vereador de Porto Alegre, e alegria maior por desfrutar todos os dias do carinho, da atenção, e da amizade de todos vocês, gente que faz, gente que faz “pulsar” a nossa Câmara Municipal de Porto Alegre há 230 anos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra e fala pelo seu Partido, o Partido Trabalhista Brasileiro.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Evidentemente, Sr. Presidente e distintos convidados, as oratórias foram feitas à exaustão, na medida em que se celebra, se comemora o aniversário da Câmara Municipal de Porto Alegre. Dois séculos e três décadas mostram que a Câmara Municipal de Porto Alegre, ao longo da história, foi testemunha dessa, mas também agiu e interagiu nesse longo período histórico. A Câmara viu o 7 de setembro de 1822; a Câmara viu, interagiu em 15 de novembro de 1889; viu e interagiu em 1888, com a abolição dos escravos, da escravatura enfim, assistiu, acompanhou, interagiu as duas grandes guerras mundiais, interagiu, agiu nas revoluções gaúchas - na Revolução Farroupilha, de 1835 a 1845 -, tendo por palco do acontecimento a cidade de Porto Alegre. E por aí se vai. Então, a história passa nessa inter-relação, direta ou indireta, com a Câmara Municipal de Porto Alegre. Esta Instituição, então, ganha em expressão política, expressão histórica.

Quando se fala da Câmara, têm-se a idéia do Vereador, do Presidente. Mas a Câmara é, exatamente, uma instituição, um coletivo instrumentalizado por um conjunto de áreas humanas, de serviços, de departamentos, de diretorias, de setores auxiliares e por um conjunto de funcionários – já ditos aqui – da melhor qualidade. Aliás, Porto Alegre goza, no concerto nacional - não só a Câmara, como de resto o Executivo - do conceito de ter organismos que detêm funcionários de grande qualidade, talvez, por ser o Rio Grande do Sul, que também, em outras instituições, possui essa qualificação.

Estamos, aqui, num grande momento, quando a Casa tem a oportunidade de agradecer aos seus funcionários pela sua ação, e isso se dá num grande momento cívico, quando, nesta semana, está-se comemorando a Semana da Pátria, e a Câmara é a Pátria Legislativa da Capital. Comemora-se o bicentenário de Caxias e tantos acontecimentos que tocam a nossa sensibilidade, a alma de Porto Alegre e, de resto, a alma gaúcha.

Queremos, então, dizer deste momento importante, significativo, porque a Câmara – também já se disse – é a expressão da vontade plural da cidade de Porto Alegre. Aqui se expressam as ideologias e por isso ela é democrática, profundamente democrática. Esta é uma Casa genuinamente democrática, onde todos os anseios ideológicos da população se expressam, e aqui se compõe a resolução final, em nome dos seus habitantes, dos seus eleitores e, de resto, dos seus moradores.

Senhor Presidente, Ver. João Antonio Dib, o Município ganhou muita importância a partir da Constituição de 1988, porque, até então, os Municípios não gozavam da prerrogativa que hoje têm, Sr. Prefeito João Verle. Hoje, se nós pegarmos o art. 1º da Constituição Federal, nós vamos ver que o Brasil é uma República Federativa constituída da União, Estados e Municípios. E Municípios! Então, o Município, o Executivo e o Legislativo passam a constituir, por assim dizer, o Poder Nacional.

Então, ficam aqui as nossas homenagens, a nossa saudação. E as fazemos, evidentemente, na pessoa do Presidente da Casa, para que recolha, de todos nós, de todos os Partidos, a saudação, a convicção e a certeza de que a Câmara Municipal de Porto Alegre continuará cumprindo o seu papel institucional e o seu papel político. E não me canso de dizer que à Cidade a Câmara não tem faltado, ao longo da história. Se pegarmos a história das realizações em Porto Alegre, se haverá de constatar que à Cidade, ao Executivo, à Administração, nunca faltou o apoio necessário da Câmara Municipal de Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra em nome da Bancada do PSB.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Ouvi muito e ainda perguntei para a Ver.ª Margarete Moraes o que não foi dito. Hoje é uma data especial, 230 anos da Câmara, e esta Sessão é diferente pelo fato de os Vereadores falarem da sua Casa. Nós gostaríamos, neste momento, de parabenizar todos os funcionários que compõem esta Casa e, ao mesmo tempo, dedicar a eles a nossa fala, pelo seu trabalho, empenho e carinho e, principalmente, pela sua gentileza no tratamento dispensado aos Vereadores, que no seu dia-a-dia estão sempre apressados, sempre cobrando e querendo as informações, e os funcionários desta Casa, de maneira ágil e prestativa, sempre nos dão uma resposta. Então, os nossos parabéns.

Logo que eu entrei aqui, em 1997, a primeira coisa que eu fiz foi conhecer a Lei Orgânica do Município e, logo depois, o Regimento Interno, para saber como se daria a minha movimentação, e esta Casa é fantástica. O Ver. Antônio Losada me dizia: “Garcia, é importante relembrar que esta Casa foi eleita pelo povo e há interação com a comunidade”. E, realmente, os Vereadores são os porta-vozes da comunidade. Hoje de manhã tivemos uma atividade com as crianças de uma escola municipal, na Plenária do Estudante, e eu perguntava para os alunos: “Como é que vocês acham que saem os Projetos?”. E eles responderam: Ah, são os Vereadores... Não, a grande maioria dos nossos Projetos não saem da cabeça dos Vereadores, e sim com a interlocução com o povo e com a comunidade. É importante esse entrelaçamento, porque é a comunidade que nos abastece e, muitas vezes, as pessoas dizem: “Aconteceu uma situação lá na Ilha da Pintada, como é que o Garcia sabe? Ele estava lá, na Ilha da Pintada? Às vezes eu passo lá, não é? Mas é que alguma pessoa das nossas relações situa e aponta uma determinada questão.

Uma outra característica fantástica da Casa é que aqui é a Casa da pluralidade. Nós convivemos com todos os pensamentos, todas as ideologias, e isso é fantástico. Muitas vezes, as pessoas perguntam: “Vocês lá discutem, brigam e, depois, saem falando juntos?” Sim, porque a nossa briga, entre aspas, a nossa discussão, no bom sentido, é a discussão da dialética, é a discussão de idéias, não é uma questão pessoal. Isso é fundamental para o processo, porque aqui é a Casa de composição; aqui é a Casa onde, muitas vezes, nós temos de sentar e somar, e aqui eu aprendi que, com o dividir, todos podem ganhar. Aqui eu aprendi, também, as diversas funções do legislador, que é questão de uma função institucional, de interação Legislativo/Executivo. Seguidamente, o Ver. João Antonio Dib assume a Prefeitura; na semana passada, o Prefeito João Verle foi a Minas Gerais e o Ver. João Dib assumiu, e não sofre nenhum processo, continua tudo igual.

Nós temos a função de fazer leis e, muitas vezes, as pessoas pensam que a principal função do Vereador é fazer leis. Não, até porque muitos dizem que há excesso de leis. Nós precisamos de leis, mas as leis têm de ser cumpridas.

A principal função do Vereador, no meu entendimento, é a ação fiscalizadora; é a ação de fiscalizar e acompanhar os atos da gestão administrativa para ver se aquilo que nós passamos boa parte do tempo votando - seja a questão orçamentária, matéria tributária, os nossos Projetos - está sendo aplicado. Essa é uma função importantíssima.

Ao mesmo tempo, há uma função julgadora, que muitas vezes não queremos exercer, mas temos de exercer. E já a exercemos até para nós mesmos, aqui dentro, que é a nossa responsabilidade maior.

Uma outra coisa fantástica aqui na Casa é aprender a conviver com o contraditório, e isso é muito bom; muito bom para nós internamente, porque ninguém gosta de ser contrariado. O importante é que no crescimento, na dialética e nas posições muitas vezes existe o convencimento, e esse convencimento é fundamental para nós nos aprofundarmos e tomarmos uma posição.

Então, de maneira simples, eu quero agradecer a esta Casa porque eu tenho aprendido muito, ela tem me orientado em belos passos, e, ao mesmo tempo, também, é o momento de agradecer à minha Cidade, e é por isso que eu sempre digo: esta é a Cidade do meu andar, do meu viver e, principalmente, a maneira e o meu jeito de ser. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Dr. Geraldo Stédile me pediu que eu fizesse uma correção: o Concerto Comunitário Zaffari, em homenagem aos 230 Anos da Câmara e aos Cidadãos Honorários, é no Bourbon Ipiranga, e não na Assis Brasil, como foi dito. Todos os Vereadores estão convidados.

O Ver. Ervino Besson está com a palavra em nome da Bancada do PDT.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Na data de hoje estamos comemorando 230 Anos da Câmara Municipal de Porto Alegre.

Não tenham dúvida de que esta Casa, ao longo de sua história, da Capital de todos os gaúchos, tem dado uma profunda contribuição para o fortalecimento da democracia da nossa Porto Alegre e do Estado Democrático de Direito.

Esta Casa tem uma história nestes 230 anos, uma história onde seus Vereadores e suas Vereadoras sempre mostraram uma completa autonomia em relação aos demais Poderes, com o devido respeito, e, acima de tudo procurando preservar os interesses maiores, que são os da população de Porto Alegre.

Nesta Casa temos uma representação plural, hoje ela é composta por 33 Vereadores e Vereadoras, eleitos democraticamente, das mais diversas ideologia partidárias, que contribuem de forma significativa para o avanço da nossa Cidade.

Estamos orgulhosos também porque estamos comemorando os 230 anos desta Casa, que começou seus trabalhos em 6 de setembro de 1773, e muitos Vereadores, Vereadoras e funcionários deram, ao longo da sua história, o seu trabalho para o fortalecimento da nossa democracia e para o crescimento da nossa cidade de Porto Alegre.

Aproveitamos esta singular oportunidade para homenagear todos os funcionários desta Casa por tudo o que eles representam, cada um nas suas funções, para o desempenho dos Parlamentares. Queridos funcionários, todos vocês contribuem diretamente para que este Legislativo Municipal desempenhe o seu papel de trazer avanços e o bem-estar para a nossa população de Porto Alegre, principalmente, à população mais sofrida.

Parabéns também aos nossos queridos colegas Vereadores e Vereadoras e seus assessores; também ao pessoal da imprensa, que leva o nosso trabalho, no dia a dia, para o conhecimento da nossa população; e também à TVCâmara, que tem feito um belíssimo trabalho, conseguindo levar as imagens do desempenho de cada representante, de cada um que foi eleito democraticamente por uma parcela da população da nossa Porto Alegre. Um agradecimento muito especial ao nosso querido colega, Ver. Haroldo de Souza, o homem da voz mais querida do nosso Rio Grande, pelas referências. Enfim, a todos aqueles que atuam diretamente para o fortalecimento da nossa democracia. Eu quero aqui, com muito carinho, abraçar e saudar a todos e a nossa querida Câmara Municipal de Porto Alegre, a nossa amada e querida Câmara Municipal de Porto Alegre. Parabéns, caro Presidente. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O art. 2º da Lei Orgânica diz que Legislativo e Executivo são dois Poderes independentes e harmônicos. Eu posso confirmar que há uma harmonia bastante grande entre o Executivo e o Legislativo. O Prefeito João Verle não perde a oportunidade de comparecer a esta Casa. Há poucos dias ele esteve aqui para trazer o acesso à Internet para consulta aos dados da Execução Orçamentária. Hoje mesmo foi marcada uma audiência para a próxima segunda-feira, às 11h30min, para que ele traga Projetos de interesse da Administração, portanto, de interesse da Cidade, mostrando o carinho que ele tem pela Casa à qual pertenceu por mais de um mandato.

O Prefeito João Verle vai falar para todos nós, neste momento, a respeito da sua imagem dos 230 anos da Casa do Povo de Porto Alegre.

 

O SR. JOÃO VERLE: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) É uma alegria muito grande poder participar da solenidade dos 230 anos da Câmara Municipal de Porto Alegre.

Os Srs. Vereadores e as Sras. Vereadoras são protagonistas nesses 230 anos de muitas e muitas conquistas que a nossa querida Porto Alegre já alcançou.

É desnecessário dizer que a relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo é excelente, que nós cumprimos, com todo o rigor, a Lei Orgânica, porque independentes e harmônicos, entre si, os Poderes Executivo e Legislativo buscam permanentemente o interesse maior da Cidade, independentemente – como ensinou o Ver. Haroldo de Souza – de divergências que existem e são salutares. Nós temos, sim, diferenças ideológicas, temos choques de idéias, de programas, enfim, nós exercitamos, na plenitude, a democracia. Nem sempre foi assim, nós tivemos esta Casa fechada no período do Estado Novo; nós tivemos, recentemente, no Golpe de 64, esta Casa diminuída em seus poderes, com Vereadores sendo cassados, sendo afastados do exercício do poder. Porém, há aproximadamente 20 anos, nós estamos reaprendendo e acho que já reaprendemos o exercício da plenitude democrática, e aqui se travam grandes debates, grandes discussões, algumas incompreensões, porque isso é natural na relação de pessoas humanas; todos com nossas virtudes, nossos defeitos, mas sempre com a melhor das intenções.

Penso que devemos sempre exaltar o exercício da democracia. Eu já convivi aqui nesta Casa por três mandatos, sendo que um deles passei integralmente aqui e, portanto, não poderia deixar de prestigiar este Poder.

Também quero relembrar que, no dia 26 de agosto passado, tivemos oportunidade de entregar à Cidade o nosso Palácio Municipal, a sede do Governo Municipal, conhecida como Paço dos Açorianos, completamente restaurado, depois de 102 anos, e algumas reformas feitas nesse período, sendo que algumas delas descaracterizaram a obra.

O Ver. João Antonio Dib, como Presidente da Câmara e também como ex-Prefeito, honrou-nos com sua presença, lá esteve dando o seu depoimento e pode observar - talvez não como seria desejável pelo pouco tempo - o cuidado com que foi restaurada aquela obra de arte da nossa Cidade.

Hoje, nós o estamos utilizando e, nesta segunda-feira, o Gabinete do Prefeito voltou a ser ocupado, e já decidimos que os dois outros pavimentos: o térreo e o subsolo serão entregues à Cidade, literalmente. Vamos transferir para o Paço as nossas duas pinacotecas que trazem cerca de 800 obras de arte importantes e que estão hoje no MARGS, em condições não muito satisfatórias, a Rubem Berta e a Aldo Locatelli, e uma delas vai ficar lá permanentemente. Vamos também, nesse pavimento térreo, construir uma galeria dos ex-Prefeitos e Intendentes, para que a Cidade de Porto Alegre conheça um pouco da história daquelas pessoas que dedicaram boa parte de suas vidas para fazê-la tão bela, ajudando a natureza e tão agradável de se viver. Nós, no pavimento inferior, no porão e no subsolo, vamos também construir espaços importantes, como uma história do próprio prédio, a restauração dele; vamos ter o Memorial do Paço, o Memorial da Cidadania, e reconstruímos, reconstituímos aquilo que foi no início do século passado. Por isso que esse prédio maravilhoso deve ser visitado e quero, neste momento, encerrando a minha fala, estender um convite aos Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, que muito nos honrariam com as suas presenças, teríamos a maior satisfação de mostrar-lhes o velho e novo Paço totalmente restaurado e entregue à nossa Capital. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Estamos nos encaminhando para o término desta Sessão em que os 230 anos da Casa do Povo de Porto Alegre foram lembrados, homenageados e cabe-nos agradecer pelas presenças das autoridades civis, militares, eclesiásticas, judiciárias, pela presença dos senhores servidores, Srs. Vereadores e também agradecer à Banda Municipal. Uma das coisas que eu levei no coração, quando saí da Prefeitura foi a Banda Municipal. Eu sempre gostei de dizer que a Banda Municipal é uma orquestra sinfônica sem cordas. Encerraremos a nossa Sessão, mais uma vez, agradecendo pela presença de todos, mas também convidando para que participem do apagar das velinhas do bolo de aniversário que será servido na frente do plenário.

Solicito que todos, de pé, ouçamos o Hino Rio-Grandense, dando por encerrada a Sessão. Saúde e paz.

 

(Apresentação da Banda Municipal que executa o Hino Rio-Grandense.)

 

Muito obrigado a todos. Reitero o convite para partilharem do bolo de aniversário. Saúde e paz.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h59min.)

 

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